O candomblé é uma religião progressiva, sua organização estabelece a partir de um conceito peculiar de hierarquia, adquirindo com o tempo e as obrigações, o direito de participar e ver rituais, com isso, mais conhecimento.
Um caminho interessante para se constatar isso é a observância sobre o fio-de-contas que, é uma marca dos vodunsi antigos e uma fonte de axé. O colar ao ser imerso em folhas quinadas (abo), transforma-se numa identificação do yâo e seu lugar na comunidade. O luto no candomblé é o branco pois, representa o retorno do individuo a massa de sua ancestralidade. Por isso o 1º fio de conta que se recebe é o branco de Oxalá, simboliza e caracteriza o abiã como candidato a iniciação.
Após a obrigação de 03 anos, é comum ao ainda yâo, já com alguma graduação, ser presenteado com algumas contas mais enfeitadas, adquirindo o direito de criar para si colares mais rebuscados com miçangas pouco maiores e até alguns corais, primando ainda pela discrição.
Após a obrigação de 07 anos, o agora Ebomi, adquire adornos que o identificam como tal: o rungébre, o lagdbá, o brajá, o âmbar, o monjolo, os corais. O Ebomi já conhece seus fundamentos, por isso, a liberdade.
O ebomi dever ser um exemplo pra o yâo, principalmente no que tange ao manuseio de sua própria liberdade e a adequação as situações, dentro e fora da comunidade.
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